quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sim Temos Um Ataque



Texto escrito pelo membro do fórum oQuarterback: Corvus 4880

A temporada de 2008 dos Ravens é uma das mais satisfatórias da história do clube, não só pelo Record de 11-5, mas também por tudo que foi conseguido nessa temporada. O ano começou cheio de incógnitas e incertezas, como seria a adaptação dos jogadores ao esquema muito rígido de John Barbaugh? Como seria a evolução de Joe Flacco e Troy Smith? Quem seria o QB titular? Quem substituiria Jonathan Ogden? As respostas para cada uma dessas perguntas não poderia ter sido melhor. Ravens pela primeira vez desde 2000 entrou nessa temporada como um time, sem distinção entre defesa e ataque, isso porque a defesa sentiu que pela primeira vez em anos ela poderia contar com o ataque para ganhar jogos.

Como o ataque melhorou tanto de um ano para outro? A resposta está em Cam Cameron, Joe Flacco e John Matsko. Cam Cameron foi excepcional, ele descobriu no McClain um produtivo RB, ele desenhou um sistema de proteção máxima, com Heap e McClain na proteção, que simplificou as leituras e aumentou o tempo no pocket pro Flacco. Com apenas 3 opções de passe, e utilizando apenas a metade do campo, Flacco teve o jogo simplificado e desacelerado, o que permitiu que ele se concentrasse na leitura das defesa e na mecânica de seu lançamento, com o avanço da temporada Cameron “abriu” as jogadas e hoje Flacco tem o campo todo para explorar com várias opções de passe, Além disso Cameron implementou a unbalanced offense que castiga as defesas com um jogo corrido muito agressivo, usando configurações muito pesadas como TE-G-C-T-T-T, o ataque controla o relógio e fadiga a defesa, abrindo espaço para jogadas explosivas principalmente no final do jogo.

Joe Flacco é a sensação em Baltimore, possui todas as habilidades físicas que permitem um QB ser grande, passe forte e preciso, altura e mobilidade. Mas é sua postura, confiança e inteligência que fazem dele um rookie excepcional, Flacco não faz o mesmo erro duas vezes, não se apavora com o rush e quer ser muito mais que um game manager, ele quer ser um playmaker. Muitas pessoas o comparam a Kylle Boller antes de temporada, braço forte, móvel mas incapaza de lidar com a velocidade da NFL. Nada mais longe da verdade, além de lidar muito bem com a competitividade da NFL, Flacco se diferencia de Boller pelo seu bom footwork, que lhe permite lançar a bola quase sempre com ótima técnica de quadril, joelhos e braços. Depois de vencer 2 jogos de playoffs no seu rookie year, Flacco parte pro seu segundo ano quase completo, força, mobilidade, calma e experiência em jogos decisivos.

John Matsko é mentor da OL mais jovem da NFL, Matsko definiu a melhor configuração de uma OL que tem muitos elementos versáteis. Com Jared Gaither(LT), Ben Grubbs (LG), Jason Brown (C), Marshall Yanda (RG) e Adam Terry (RT) os Ravens tinham uma OL forte, coesa e muito consistente. AS contusões de Terry e Yanda obrigaram Matsko a repensar sua OL, e o resultado foi uma OL ainda melhor que a inicial. Chris Chester antes considerado um bust tornou-se um grande RG, jogando a altura de Yanda, tanto no jogo corrido quanto no jogo de passe e Willie Anderson substitui Terry e provou que ainda é um grande T. A verstilidade, força e disciplina dessa linha tornaram um dos pontos fracos do ano passado em uma força que os Ravens poderão contar por muitos anos.


A fraqueza do ataque de Baltimore esse ano esteve nos seus skills players. Enquanto Mason teve mais uma temporada excelente, McGahee desapareceu entre contusões, falta de condicionamento e disciplina, Clayton começou a aparecer depois da metade do campeonato mas ainda precisa ser mais consistente na separação dos CB’s, Demetrius Williams também muito inconsistente até a contusão e Heap teve seu ano mais dedicado a bloqueios do que recepções. Para o ano que vem Ravens deve procurar reintegrar o McGahee como 1° RB e continuar a rotação com McClain e Rice, essa rotação acabou com muitas defesa que chegavam ao 4° quarto exaustas (Cowboys, Redskins, Bengals.....) e procurar um WR que possa complementar o Mason.

Depois de tantos anos é bom finalmente ver o futuro com ânimo e sabendo que esse ataque está no caminho certo, um ataque que controla o relógio, consegue firs downs e posiciona bem o time em campo deixa a nossa defesa ainda mais perigosa.

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

isso ae cornus,como sempre um texto bastante coeso e contundente,congratulations.